top of page

A Terra do ouro

  • Immagine del redattore: Bentes
    Bentes
  • 13 minuti fa
  • Tempo di lettura: 2 min

“Um certo Honório que acompanhava uma bandeira paulista, encontrou uns granitos amarelados no Cerro Tripuí, que vendeu depois em Taubaté a preço irrisório, sem saber o que havia encontrado. Mandaram umas amostras para o governador do Rio de Janeiro e verificou-se que era ouro puríssimo.” Padre Antonil - Cultura e Opulência do Brasil.

A descoberta das lavras de ouro nas Minas Gerais, no final do século XVII e início do século XVIII, seguidas dos achados em Jacobina e no Rio das Contas na Bahia, nos de Forquilha e Sutil no Mato Grosso, e o que se extraiu no sertão de Guaiás em Goiás, foi o acontecimento mais espetacular da história econômica do Brasil colonial. Desde os primórdios da colonização, acreditava-se que o Brasil tinha ouro e outros metais e pedras preciosas. Só que, passados dois séculos de ocupação, não haviam sido encontrados em volume significativo.

Lentamente, a economia colonial abandonou sua predominância extrativista e coletora dos primeiros tempos e do tráfico com pau-brasil para uma exploração mais racional e estável, graças à implantação dos engenhos de açúcar e das lavouras de tabaco que se espalharam por todo o litoral do Nordeste.


Num contexto de limitado progresso econômico - os portugueses começavam a enfrentar a concorrência da produção colonial dos holandeses, franceses e ingleses, que implantaram engenhos açucareiros nas Antilhas - a Coroa passou a pressionar seus funcionários e demais habitantes no sentido de estimulá-los, particularmente os paulistas, a desbravarem o sertão em busca do precioso ouro.


Uma data importante foi a emissão da Carta Régia de 27 de janeiro de 1697, que enviava uma ajuda de custos de 600$000/ano (seiscentos mil réis por ano) ao governador para auxiliar nas buscas. Dar-se-iam aos paulistas beneméritos “as mesmas honras, e mercês de hábitos, e foros de fidalgos da Casa”, desde que encontrassem e explorassem as lavras auríferas. Finalmente em 1º de março de 1697 o agitado governador do Rio de Janeiro, Castro Caldas remetia ao rei o resultado das últimas façanhas dos paulistas que haviam encontrado nos sertões de Taubaté “ouro em quantidade e da melhor qualidade”.


"De seu calmo esconderijo,

O ouro vem, dócil e ingênuo;

torna-se pó, folha, barra,

prestígio, poder, engenho... 

Borda flores nos vestidos,

sobe a opulentos altares,

traça palácios e pontes,

eleva os homens audazes,

e acende paixões que alastram

sinistras rivalidades."

Cecília Meirelles - Romanceiro da Inconfidência




















 
 
 

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating

Bentes Group is a company registered in Italy and Portugal, certified by the E.U. authorities as a private commercial company controlled by Antunes & Bentes Lda

Italy: + 39  3662982272 

Corso Vittoria Colonna, s/n

80077 - Ischia - Italy

  • White Facebook Icon
  • Bianco Instagram Icona
  • White YouTube Icon

© 2003 by Antunes & Bentes

Bentes Edizioni Numismatiche
bottom of page